A construção do pensamento capitalista preconiza o progresso, o crescimento e, portanto, o enriquecimento. Este pensamento atingiu dimensões construtivas, às vezes, porém, destrutivas à humanidade, seja em seus aspectos físico, psíquicos ou sociais. Igualmente estrutura e desestrutura inúmeras famílias através do crescimento de empresas bem como da precarização do trabalho e do desemprego. Provoca-se aqui uma reflexão sobre o desemprego como um dos resultados da desigualdade educacional em que, num círculo vicioso, gera a desigualdade social. A educação brasileira vivencia em vários aspectos o capitalismo nacional e as estruturas socioeconômicas culturais. Assim este artigo visa perquirir sobre a educação cujo desafio é mantê-la democrática, inclusiva e acessível a todos apesar desse contínuo desnivelamento socioeconômico, buscando em autores, principalmente em Gramsci, reflexões sobre as estruturas e as desestruturas do capitalismo nacional.
Este trabalho foi incentivado e enriquecido por meio da participação nas aulas da disciplina “Teoria Política e Educação” ministrada pela docente Zuleide Simas de Silveira, ofertada no Programa de Pós-graduação Strictu-sensu em Educação, da Universidade Federal Fluminense – UFF, no ano de 2020. A ementa composta por leituras sobre o Estado moderno e a educação na prática social e na escola: objetivos e estratégias; O jurídico e o político na educação brasileira e; Democracia, participação e educação enriqueceram as exposições e as discussões que provocaram a análise da conjuntura social brasileira com impactos na Educação. A motivação de retomar o debate e torna-lo público é o fato de, embora seja uma discussão antiga, o desafio da educação democrática persiste e exige nossa reflexão.
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