Resumo
O desenvolvimento do sistema capitalista preconiza o progresso, porém, esse processo se dá por meio da acumulação de riquezas e atinge dimensões, na maioria das vezes, destrutivas à humanidade, em seus aspectos físico, psíquico ou social.
Igualmente, no capital encontra-se a evidente contradição entre as relações harmônicas familiares associada ao ompromisso com o trabalho e com a produção das empresas familiares, enfatizando o mundo da produtividade e lucratividade bem como da precarização do trabalho e do desemprego, ao identificar na própria família uma instituição de reprodução financeira. Dos diversos impactos causados pela pandemia da COVID-19 iniciada em dezembro/2019, busca-se aqui fazer uma análise sobre os desafios educacionais que o Brasil encontra no cenário do Capital três anos após instaurada a epidemia.
Provoca-se aqui uma reflexão sobre o desemprego nas diversas instituições como um dos resultados da desigualdade educacional em que, num círculo vicioso, gera a desigualdade social.
A educação brasileira vivência em vários aspectos o capitalismo nacional e as estruturas socioeconômicas culturais. Assim este artigo visa perquirir sobre a educação cujo desafio é mantê-la democrática, inclusiva e acessível a todos apesar desse contínuo desnivelamento socioeconômico, buscando em autores, principalmente em Gramsci, reflexões sobre as estruturas e as desestruturas do capitalismo nacional.
Introdução
Uma escola pública, laica, democrática, inclusiva e acessível a todos, independentemente de qualquer condição, é a escola que almejamos, mas é também um desafio para a educação no contexto da sociedade em que vivemos, sob a égide do
capitalismo e cindida em classes.
O desequilíbrio econômico por que passa o Brasil atual desenvolve uma situação porvindoura de difícil planejamento. Dessa forma, a educação que está atrelada ao capitalismo no Brasil, promove emergir comportamentos defensivos; “Em um estado de
anormalidade econômica, as decisões de certos grupos de agentes (empresários, por exemplo) não correspondem a um padrão esperado”. (SICSU, 2019).
Em sua fase atual, o capitalismo é marcado pela espoliação da força do trabalho, ou seja, da superexploração dos trabalhadores. Diante disso, pode-se questionar: capitalismo e democracia podem andar juntos?
Autora:
Pedagoga, especialista em Psicopedagogia Institucional e Clínica; em Ensino Aprendizagem de Língua Portuguesa e Literaturas e em Docência no Ensino Superior.
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